O país que deu seu sim para o evento
Em meio ao cenário da pandemia mundial que estamos vivendo, o governo
atual, priorizou que a competição fosse sediada aqui no Brasil.
O ano de 2021, traz a 47º edição da Copa América, este é o principal torneio de futebol entre seleções da América do Sul, são dez seleções que participam do campeonato, todas elas filiadas à Conmebol. Acontecerá entre os dias onze de Junho até dez de Julho, envolvendo atletas de diversos países do mundo, destacando também os inúmeros funcionários que uma competição desse nível requer. Será que o país está mesmo pronto para um evento desse porte em meio a uma pandemia mundial?
Como podemos perceber, a pandemia não é a questão mais importante no momento. Depois de um pedido da Confederação Sul-Americana de Futebol ( Conmebol ), a CBF, Confederação Brasileira de Futebol, para a realização da Copa América no país, o presidente Jair Bolsonaro não precisou pensar duas vezes no convite, aceitando rapidamente sediar o evento do ano.
O que foi uma surpresa para muitos, primeiramente pelo fato de outros países como a Colômbia e a Argentina, países inicialmente sedes da competição, terem se negado a realizada a Copa em seus territórios. Mais racionais, decidiram que não fariam o evento em circunstância da pandemia, e o seu descontrole atual, não colocariam em risco a população, por conta da contaminação crescente que uma competição com atletas de diversos países poderia gerar.
No início, o assunto gerou grande comentário nas redes sociais, e nas discussões acerca de trazer ou não a competição para o Brasil, muitos a favor, muitos contra. Os jogadores da Seleção Brasileira, em um primeiro momento, se manifestaram nas redes, criticando a realização da Copa América no Brasil, sem explicar direito os motivos, gerando tumultos entre o meio político e do futebol. Por fim, a declaração dada foi “ Somos contra a organização da Copa América, mas nunca diremos não à seleção brasileira”. Assim que o evento foi confirmado, a seleção começou seus preparativos para os jogos da competição, sem exitar jogar pela vitória brasileira.
Mas que riscos uma competição desse nível poderia acarretar, não é mesmo? A terceira onda da covid-19 nem começou, os hospitais estão com leitos disponíveis, a saúde está em um ótimo momento para a chegada de inúmeros estrangeiros, sem falar na vacinação lenta, uma prioridade deixada para depois. Para a economia do país, a vacina é cara, mas os investimentos com a competição podem ser feitos agora. Para o governo, a Copa América neste momento é questão de entretenimento, está tudo em “perfeito equilíbrio”.
Texto Opinativo realizado por Moiziane Utzig para a disciplina de Redação Jornalística III, pela Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), coordenado pelo Professor Leandro Ramires Comassetto.
